A maior tempestade em 14 anos.
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Depois de ter passado seis dos 12 meses de 2011 cobrindo tormenta após tormenta no Vale do Itapocu, eu estava animado: eis a minha chance de fazer aquele trabalho excitante outra vez! Sem meios para ir "a campo", eu esperei a tempestade passar para cobrir os danos, excitado, mesmo com sabendo da inevitável tragédia que antecederia minha chance de cobrir.
Mas nas redondezas do meu dormitório , a extensão dos danos foi essa: |
Alguns galhos caídos, e uma arvore parcialmente desenraizada |
Pouco mais longe, no centro, a caixa de luz de um semáforo foi arrancada de quebrada pelo vento. No centro o dano era mais extenso, e não foram poucos os galhos arrancados vistos, placas viradas, latas de lixo caídas, postes danificados - mas ainda assim, talvez graças a eficiência européia, talvez pelo meu azar, tudo já estava "limpo" - não peguei o mais grave durante a noite, e durante o dia nada mais havia para ser reportado. Ou sequer fotografado, já que o trabalho de limpeza estava feito muito antes de eu chegar em qualquer lugar.
fora arrancado pelo vento. |
Pouco mais ao centro, semáforo |
Fora da cidade, estradas foram bloqueadas; linhas de trem desativadas; cabos de força foram cortados e árvores derrubadas; vidraças destruídas pelos mais variados objetos; carros virados e barrancos deslizaram. 71 Pessoas foram feridas e uma morreu atingidas por telhas, árvores e os mais variados objetos. Mais de cinquenta linhas de trem foram desativadas. Uma verdadeira tragédia - mas também material cheio para um jornalista. Pena que em um golpe de sorte - ou azar, tenho minhas dúvidas - escapei de qualquer risco. E também de qualquer história.
Longe do centro e em outras cidades, como Compenhagem no entanto, danos foram extensos e pesados. fonte: Conpenhagen Post |
Essa foi a maior tempestade que passou pela Dinamarca desde 1999; uma anomalia climática sem igual na história recente, e que deixou mais de 1 bilhão de coroas dinamarquesas em danos (cerca de 400 milhões de reais) segundo as primeiras estimativas (para fins de comparação, a de 1999 causou 13 bilhões de coroas em danos - 1% do PIB) - e eu a perdi. Então eis a minha história: como eu perdi a maior tempestade a atingir a Dinamarca em 14 anos, pelo capricho de estar em uma região que mal fora afetada. O máximo que ouvi foi o uivar dos ventos - o máximo que peguei após a tempestade, o pouco que não foi retirado. Deveria ter saído no vento e na chuva, desbravado o vendaval? Provável. Teria uma história melhor se como alguns colegas, estivesse na estrada, ou na estação de trem? Certamente.
fonte: Conpenhagen Post |
Mas como não estava... perdi. E com isso.. fiquei com uma história de fracasso. C'est la vie.
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